Neste sábado, o i
Molinari camerata musici se apresentará na Casa de Cultura de Betim,
presenteando a cidade com um grande concerto, marcado pelo repertório
diversificado e pela qualidade musical, com arranjos de alto nível. O grupo é
formado pelos dois tenores Néstor Gurry e João di Souza, pela soprano Helen
Isolani e pelo pianista, maestro e arranjador musical, Robério Molinari.
O concerto contará com a participação de 16 instrumentistas
de grandes orquestras mineiras, como a Sinfônica MG e Filarmônica MG. Esta é a
terceira apresentação da turnê, que vem percorrendo cidades mineiras desde o
mês de novembro de 2012. O grupo vem ganhando a admiração do público, que se
emociona e se surpreende com o espetáculo.
Este projeto é uma iniciativa do grupo i Molinari,
viabilizada pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e com o
patrocínio da Fiat Automóveis.
Entrevista realizada por Ana Beatriz Pereira, Assessora de
Imprensa do projeto i Molinari camerata musici, em 23 de novembro de 2012
Com a sua experiência em Direção Artística e Cênica de grandes grupos
musicais e teatrais, como você vê esta iniciativa do i Molinari camerata
musici?
Essa iniciativa na verdade é uma
resposta a um movimento que os integrantes fazem proporcionado pelo talento
musical deles. Esse é um grupo de artistas que faz um trabalho acima da
média, e que tem qualidade artística comparável aos grandes artistas desse
estilo que estão fazendo muito sucesso pelo mundo. Então, o que eles estão fazendo
agora é praticamente algo inevitável em que o resultado e o talento musical que
eles já obtiveram, impulsiona, os obriga a fazer isso. A música que eles
produzem, não apenas pela composição em si, pela qualidade do repertório
escolhido, que é magnífico, mas também essa composição maravilhosa associada aos
arranjosdo Robério Molinari, que são
maravilhosos, arranjos primorosos musicalmente falando, valorizando cada
detalhe dos cantores e essa maestria que o Robério tem como pianista, como
arranjador e como regente, ou seja, ele reúne uma formação musical muito
completa. O i Molinari criou uma obra musical que mostra ao público uma grandiosidade,
que ela precisa inclusive de um espaço cênico comparado a essa grandiosidade
para se estabelecer. Então, eu vejo como se eles estivessem se apresentando até então
em uma caixinha fechada sem espaço. A música que eles produzem não cabe dentro
do espaço que até então lhes foi reservado, então é preciso ampliar esse
espaço. Eu acho que nós já demos um salto muito significativo do que era o
grupo há um ano, por exemplo. Eles não chegaram nem na metade do que eles
merecem, é muito complexa essa situação, porque, eles conseguem doar a música
que está dentro deles, mas não é possível transformar um palco cênico no
formato ideal somente pelo desejo, ou seja, para algumas coisas o dinheiro é
fundamental, para algumas coisas o patrocínio é fundamental, e o que eles
conseguiram até então fez com que eles dessem um salto enorme. Eu espero muito
que eles tenham o reconhecimento que merecem de forma com que consigam a
verba necessária para construir esse espaço cênico que vai
comportar finalmente a grandeza da música que produzem.
E você acha que existe algum grupo que produza um trabalho similar ou comparável ao
do i Molinari aqui no Brasil?
Com certeza, com uma projeção
nacional não há. Se houver, são iniciativas isoladas como a do i Molinari ainda é
isolada. Podemos dizer que eles tem uma abrangência regional ainda,
então, se houver algum grupo parecido, é um grupo que ainda não se projetou nacionalmente. É importante dizer que, é muito difícil reunir a competência musical,
o talento interpretativo e o potencial vocal com a qualidade de
um arranjador como o i Molinari, além daforça de trabalho a que eles se propõem, ou seja, esse é um conjunto de
requisitos que não é fácil encontrar. O i Molinari tem uma qualidade que é
muito rara também, eles são individualmente talentosos, são muito
solistas, mas eles conseguem canalizar essa energia para a formação de um
grupo. Normalmente, quanto mais solista e talentoso um artista é, mais
dificuldade ela tem de conviver com o outro, por isso vemos vários talentos
pelo mundo que são isolados, que são cantores líricos que saem cantando pelo
mundo sozinhos.
Os integrantes do i Molinari, por outro lado, conseguiram emprestar esse
talento individual também ao grupo, aprendendo que existem os momentos de cada
um e existem momentos degrupo, em que
eles são um quarteto, onde os artistas se somam. Eles conseguiram construir um
conceito pleno de polifonia, ou seja, são várias vozes individuais, igualmente
importantes, igualmente talentosas, que criam juntas um coletivo talentoso. Ao
mesmo tempo que conseguem montar uma unidade, não destroem o indivíduo, e isso é uma coisa muito difícil de se fazer. É muito bonito ver o resultado disso,
apesar de todas as adversidades que a arte ainda vive no Brasil.
Na sua visão, qual a contribuição do i
Molinari camerata musici para o cenário musical contemporâneo?
O efeito que eles causam no
público é uma emoção tão intensa que, quando um grupo como esse consegue se
projetar, ele ganha um público muito grande. Trata-se de um universo artístico,
não apenas musical, que nos leva a um lugar de certa forma paradisíaco, fora da
nossa realidade cotidiana, que já é tão pesada, tão difícil. Vivemos em um
mundo muito tecnológico, que trabalha com uma realidade muito cruel, e um grupo
como o i Molinari consegue criar um oásis, um espaço onde a fantasia ainda é
possível. Aliás, uma das músicas mais bonitas do repertório chama-se Nella
Fantasia, que diz que, “na minha
fantasia, eu vejo um mundo justo”, isso é muito bonito, talvez seja essa a
grande contribuição que eles dão, de mostrar que ainda é possível o espaço da
fantasia.
Nós vemos que, nos concerto anteriores, como em Ouro Preto e Sabará, as
pessoas saem deslumbradas e surpresas com a apresentação do grupo. O grupo tem superado as expectativas do público. Como diretor artístico do
grupo, o que acha que provoca essa reação?
As pessoas não estão acostumadas
a ver de perto um resultado musical tão bonito, tão forte, tão poderoso, tão
emocionante, talvez na fantasia das pessoas isso seja uma coisa da Europa, algo
raríssimo. Talvez a nossa humildade brasileira nos diga que somos apenas do
samba mas não somos de outro lugar. O i Molinari nos mostra, com uma
inteligência de colocar músicas brasileiras dentro do repertório deles,o que os diferencia dos outros grupos do
mundo,é muito importante essa questão
de valorizar o repertório brasileiro, eles nos mostram que somos tão poderosos
musicalmente como qualquer italiano ou europeu, ou seja, também somos capazes
de construir esse universo da fantasia com o mesmo poder, por isso o deslumbre,
por isso as pessoas saem tão encantadas, porque elas vêem o que parecia
impossível, a sensação é essa. Esse grupo tem potencial para fazer sucesso
mundialmente, disso eu não tenho dúvidas.
Como você definiria a identidade do i Molinari camerata musici em uma
frase?
É um grupo que mostra a
possibilidade da construção plena da polifonia, no âmbito cultural, musical e
humano.
Quais os planos de sua parceria com o grupo para os próximos anos?
Eu tenho um sonho enorme. O
trabalho pessoal que nós desenvolvemos, que depende do esforço pessoal deles, está cada
dia melhor, está crescendo muito. Infelizmente esse espetáculo, cenicamente,
ainda não cresce porque estamos limitados a uma questão orçamentária.
Precisamos de um determinado valor de dinheiro, que não é pouco, para construir
esse espaço cênico que eles merecem. É muito difícil construir a cena no
invisível, a cena tem que ser concreta, o “olimpo” tem que ser concreto. Então,
eu tenho um desejo muito grande de continuar na Direção Artística do grupo, a
cada dia, contribuindo com o talento pessoal de cada um, na presença cênica, no
que eles podem ganhar e crescer como artistas completos que usam o próprio
corpo em cena para se manifestar, e torço para que eles sejam reconhecidos como
merecem, que patrocínios surjam, para que nós tenhamos, além do nosso poder
abstrato, físico e emocional, que tenhamos a possibilidade de construir o
“olimpo”, para que, enquanto eles vivem seus personagens de “deuses”,eles se sintam mais em casa.
Ernani Maletta é Diretor cênico e musical, cantor, ator e professor do Curso de Graduação em Teatro e do Mestrado e Doutorado em Artes da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Doutor em Educação pela Faculdade de Educação/UFMG, com pesquisa que focaliza o conceito de atuação polifônica para a formação do ator.
O palco do Teatro Municipal de
Sabará abrigou na última segunda-feira, 19/11, o concerto do grupo i Molinari camerata musici, na segunda
apresentação da turnê que circula por quatro cidades mineiras nos meses de
novembro e dezembro de 2012, marcando a continuação das comemorações pelo momento Itália-Brasil.
O concerto foi marcado pela alta
qualidade musical somada à forte presença cênica e a um repertório diversificado e emocionante, que passa
por canções italianas, trilhas de cinema, árias de óperas, além de clássicos de
grandes compositores brasileiros, como Heitor Villa-Lobos, Carlos Gomes e
Roberto Carlos. A beleza e a simplicidade do Teatro, construção inaugurada em 1819, deram
ao espetáculo uma caráter ainda mais especial, levando o público a viajar por
diferentes culturas e épocas.
O concerto encantou o público, bastante eclético, formado por pessoas de variadas gerações. Os irmãos Ricardo e Márcio Marquezine, de Belo Horizonte ficaram impressionados com a qualidade musical da apresentação: "O concerto é maravilhoso, fora de série. Estaremos presentes também na apresentação em Belo Horizonte e vamos levar a família toda". As adolescentes Letícia e Fernanda, moradoras de Sabará, acompanharam atentamente o espetáculo até a última música e fizeram questão de demonstrar sua adminiração: "Foi incrível, uma apresentação magnífica".
O Teatro Municipal de Sabará também contou com forte presença de moradores do município vizinho, Caeté/MG, cidade natal do tenor João di Souza, um dos integrantes do i Molinari camerata musici. Muitos nunca tinham tido a oportunidade de assitir a um espetáculo de ópera e saíram deslumbrados e orgulhosos: "É uma alegria muito grande poder assistir meu conterrâneo caeetense junto a esse grupo maravilhoso. Me deixou muito emocionado." (Seu João, Caeté).
Confira mais depoimentos sobre o concerto i Molinari camerata musici em Sabará no canal do grupo no youtube.
i Molinari camerata musici é formado por quatro músicos residentes em Belo Horizonte, e com grande experiência e reconhecimento no campo musical: o
pianista, maestro e arranjador, Robério Molinari, os tenores João di Souza e
Néstor Gurry, e a soprano Helen Isolani. Este projeto conta com a Direção Musical de Robério Molinari, Direção Artística de Ernani Maletta e
patrocínio da Fiat através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas
Gerais. As próximas apresentações acontecerão em
Betim (01/12) e Belo Horizonte (07/12).
Na última sexta-feira, 16/11, a cidade mineira de Ouro Preto recebeu o grupo i Molinari camerata musici, em uma apresentação emocionante, que encantou moradores e turistas do Brasil e do mundo.
O concerto aconteceu no belo cenário histórico do Teatro Municipal Casa da Ópera, inaugurado em 1770 e que possui arquitetura e acústica privilegiadas. O repertório diversificado do concerto contou com clássicos da música italiana, trilhas de cinema e árias de óperas, interpretadas pelas vozes dos tenores João di Souza e Néstor Gurry e da soprano Helen Isolani. As vozes foram acompanhadas pelo pianista, maestro e arranjador Robério Molinari, que também executou complexas performances em piano solo, como "Miudinho", de Heitor Villa Lobos, arrancando aplausos da platéia.
O público, que encheu o belo teatro na noite chuvosa de sexta-feira, se mostrou impressionado com a qualidade musicial do concerto e distribuiu elogios ao final da apresentação: "É um espetáculo muito equilibrado e muito emocionante" (Cássio, SP); "O grupo apresenta uma boa mistura de músicas clássicas em versões contemporâneas" (Juliana, SP); "É um espetáculo completo musicalmente. O repertório é maravilhoso, a cenografia é um espetáculo à parte. O grupo possui uma expressividade muito forte, eles colocam muito sentimento no trabalho. Foi realmente incrível" (Ricardo Guimarães, Mariana/MG)
Os concertos i Molinari camerata musici continuam até dezembro de 2012. A próxima apresentação acontece em Sabará, na próxima segunda-feira, 19/11, às 20h, no Teatro Municipal. Este é um projeto patrocinado pela Fiat através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e produzido pela Jardim Produções Ltda. Mais informações: www.imolinari.com.br
O grupo i Molinari camerata musici inicia essa semana sua turnê pelas históricas cidades mineiras de Ouro Preto e Sabará, levando a diferenciada mistura entre a música popular e erudita aos belos Teatros Municipais das duas cidades, antigas casas de óperas que configuram cenários perfeitos para as apresentações musicais do grupo.
O i Molinari camerata musici é formado por quatro músicos de Belo Horizonte, com vasta experiência e grande reconhecimento na área musical. O pianista, maestro e arranjador, Robério Molinari, a soprano Helene Isolani, e os tenores João Di Souza e Néstor Gurry.
Em Ouro Preto, a apresentação acontecerá nesta quinta-feira [16/11], e Sabará receberá o grupo na próxima segunda-feira [19/11]. As apresentações têm início às 20h e a entrada é franca.